Foto: Beatriz Person
Ganhando destaque na indústria musical, a Canetaria, um coletivo de aceleração de repertório, vem proporcionando narrativas de sucesso para algumas das maiores composições do cenário atual.
Com co-autoria de 12 faixas no álbum "Escândalo Íntimo" de Luisa Sonza, que teve a maior estreia do Spotify com mais de 15 milhões de reproduções, o grupo solidifica sua posição como um dos principais colaboradores do mercado fonográfico. Em meio a um mercado musical em constante evolução, o CEO Tiê Castro revela em exclusividade, como o grupo consegue manter sua abordagem inovadora ao contribuir para projetos de artistas tão relevantes.
O empresário conta que o coletivo investe mais tempo estudando temas, referências e testando fusões musicais inesperadas do que propriamente compondo.
"Criar algo verdadeiramente novo leva tempo", afirma.
Ele ressalta que atualmente a indústria musical está vivendo na era das misturas, por isso buscam sempre propor novas combinações.
Segundo Tiê, eles sempre trazem questionamentos para explorar essas ideias entre o time.
"Semanalmente trazemos perguntas ao nosso time: se o R&B fosse criado na Bahia, como seria? Se acrescentarmos nuances da música eletrônica europeia à bregadeira, qual o resultado? Como intercalar os timbres psicodélicos do Pink Floyd com o pop? Na Canetaria, planejamos a música, ela não nasce ao acaso", declara.
Elias Mafra, um dos compositores da Canetaria, revela que fazer parte deste coletivo inovador tem sido uma grande realização profissional, principalmente por ter a oportunidade de mergulhar em trabalhos versáteis.
"A Canetaria me fez conhecer mais cases e parceiros que eu jamais teria acesso se não fosse por aqui e isso fez com que eu saísse do rótulo de 'compositor sertanejo' para um 'compositor com a linguagem do povo e do pop' fazendo assim que além de ter músicas em projetos distintos, também ter mais portas abertas no ritmo que antes eu era rotulado, aumentando as portas abertas e a credibilidade das mesmas", declara.
Fonte: Ari Prensa